quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Retorno a Ravnica





Ravnica é tão vasta que seu mundo é coberto por sua paisagem urbana. Este mosaico de torres Góticas, pátios pavimentados, antigas ruinas e perigosos cortiços é o lar de uma incrível diversidade de raças e culturas. Desde o pequenino inseto rastejando através do Submundo ao majestoso dragão voando no horizonte, uma imensurável população reside nesta metrópole. Um viajante pode gastar uma vida intei
ra percorrendo mercados a céu aberto onde se pode encontrar de tudo para vender, inspiradoras catedrais que dominam o horizonte ou riquíssimos museus exibindo achados arqueológicos de uma antiga Ravnica. Todo tipo de lugar pode ser encontrado nesta cidade havendo um enorme contraste entre lugares como o austero e imaculado Senado Azorius e a caótica favela daqueles que não possuem nada nada. Acertos nos becos, sindicatos criminosos e o mercado negro estão por toda Ravnica, mas o real poder reside mesmo nas guildas.





A fundação do poder em Ravnica reside nas dez guildas, cada uma com sua própria identidade e função cívica. As guildas existem há séculos e suas histórias se embrenham numa teia de guerras, intrigas e maquinações políticas conforme o controle de todo o plano é disputado. Enquanto os lugares selvagens foram sumindo sobre camadas de pedras trabalhadas, os recursos naturais se tornaram cada vez mais
escassos e cada guilda estabeleceu sua própria esfera de influência. Por milênios um acordo mágico chamado o Pacto das Guildas ajudou a sustentar uma relativa paz no plano. Durante um tempo esse Pacto das Guildas foi dissipado e a relação entre as guildas se tornou um caos. Mas dez mil anos de cultura e divisão de deveres de se reafirma por si só e novamente as dez guildas reinam dominantes. No entanto a tensão entre elas está crescendo novamente e rumores de problemas já são ouvidos desde os santificados salões das guildas até as rusticas tavernas dos cidadãos sem guilda.





O planeswalker Jace Beleren fez de Ravnica seu lar adotivo, mas ele não é o único planeswalker a passar por esse diferente e complexo plano. Tezzeret, Garruk Falabravo, Liliana Vess, Gideon Jura e Chandra Nalaar já estiveram todos por aqui, além de mais um planeswalker nativo do plano, todos atraídos pelos segredos e possibilidades de Ravnica.
O povo comum de Ravnica é ignorante quanto à existênc
ia dos planeswalkers, mas alguns seres são tão antigos que já encontraram pessoalmente alguns deles. Este é o caso do dragão Niv-Mizzet, parun e líder de guilda da Liga Izzet. Após anos ausente, o antigo dragão retornou ao seu ninho e recentemente direcionou sua guilda a um frenesi de projetos e pesquisas que ninguém a não ser ele mesmo compreende. Mas atividades da Liga não passam despercebidas, é difícil não notar tantas explosões, e as outras guildas já começam a se preocupar se há algum método por trás das loucuras do Mente de Fogo.





A guilda Selesnya acredita ser a própria voz de Mat'Selesnya, uma misteriosa consciência que eles acreditam ser uma manifestação da própria natureza. Todos dentro da guilda são considerados porta-vozes de uma única voz, e procuram expandir sua guilda evangelizando sua mensagem e assim adicionando membros. A mensagem de Selesnya é tanto pessoal como pública, eles acreditam que silenciando a consciê
ncia individual se pode despertar para os murmúrios do Conclave, um grupo de dríades que servem como transmissoras espirituais da consciência de Mat’Selesnya. O objetivo da guilda é assimilar a identidade de membros individuais, transformando-os em instrumentos do Conclave. Os Selesnyanos são agrupados em vernadis, algo como pequenas comunidades espalhadas por Ravnica organizadas em torno de uma arvore central e lideradas por uma dríade líder.


Trostani, a Mestra da Guilda Selesnya, uma dríade que é três em uma comanda a guilda. Os Selesnyanos, no entanto dizem que na verdade ela é comandada pela vontade da própria Mat’Selesnya. Cada uma das três identidades das dríades que compõe Trostani incorpora um valor em particular de Selesnya. A cabeça mais a direita é Ordem, de fala metrada e canto claro. A cabeça mais a esquerda é Vida que fala alegremente com uma voz cantada. A cabeça do centro é Harmonia, que fala num sussurro prateado. Cada cabeça é adornada de sua própria maneira, e com olhos que variam do verde verdejante à prata tremeluzente. Harmonia raramente fala, mas quando o faz, seu conselho é considerado por todos os sacrossantos.

Apesar dos Selesnyanos acreditarem que o poder não está centralizado em nenhum local, a maciça árvore-mundo Vitu-Ghazi ainda serve como ponto de foco e salão da guilda Selesnya. O tronco de Vitu-Ghazi age como uma catedral reunindo devotos vindos de toda Ravnica, e servindo também de lar para Trostani e o Conclave de Dríades.






Locais de Selesnya

Os Carvalhos de Marfim. Este lugar de árvores maciças é guardado por uma ordem de sacerdotes-guerreiros de loxodontes albinos. Esses sacerdotes vestem armaduras prateadas com capotes verdes emblemados com a insígnia de sua ordem e suas armas geralmente são martelos feitos dos próprios Carvalhos de Marfim. A força, pureza e longevidade desses carvalhos são as razões para que sej
am considerados sagrados. Juramentos e cerimonias são conduzidos entre seus galhos prateados e casamentos, rituais de passagem e contratos são feitos no bosque com as bênçãos dos sacerdotes. O clérigo que supervisiona o local todo é Troslon, um troncudo loxodonte que chega ser quase um rebelde pelos padrões Selesnyanos por colocar o mundo natural na frente dos interesses da guilda. Isso fica evidente com sua defesa da árvore de Belokos (veja abaixo). O alto escalão da liderança de Selesnya adora reivindicar essa arvore para si, mas Troslon inflexivelmente a mantém aberta para todos os cidadãos de Ravnica, pertencentes ou não a uma guilda, que desejem prestar homenagens ou utilizar as propriedades de suas auras mágicas.

Sumala, o Bosque Adornado. Imagine uma maciça e densa floresta que foi meticulosamente cuidada de uma forma que cada planta e árvore estejam em seu lugar, mas que foram tratadas e esculpidas de modo que nenhuma se entrelace ou ocupe o lugar de outra. Sumala é um grande jardim de meditação e lar de muitas das mais majestosas arquiteturas e pitorescos trabalhos artísticos de Selesnya. O Bosque Adornado de Sumala é conhecido por toda Ravnica e é a obra prima de um elfo arboremodelador chamada Sadruna. Os desenhos e técnicas de Sadruna são obtidos, copiados e duplicados por toda Selesnya além das outras guildas.



A Grande Confluência. Uma gigantesca série de rodovias entrelaçadas que estão elevadas ao topo das copas das árvores. Construídas com pedras calcárias Bijan (as mais puras e alvas), a Grande Confluência brilha ao sol. Em seu espaço central está embutido em granito escuro o símbolo de Selesnya marcando a área onde as massas de devotos se reúnem em muitos dos feriados religiosos. Na maioria dos dias
, a confluência é usada mais como um mercado e uma forma de transportar mercadorias e enormes criaturas sem destruir o imaculado trabalho feito nas florestas abaixo.
Criaturas de Selesnya


Vormes. Os Selesnyanos tem muito orgulho de seus vormes. Com Ravnica se tornando cada vez mais abarrotada acima do solo, os tuneis abaixo da terra dão a guilda Selesnya uma vantagem na locomoção pelo plano. Os Invocadores de Vormes, uma ramificação de xamãs, descobriram um modo de domesticar e montar essas gigantescas criaturas. Em Ravnica, os vormes reviram a terra com poderosas emissões subsônicas que deixam a terra num estado quase liquido permitindo que alcancem assim uma grande velocidade. Os xamãs ainda prendem boleias fortificadas aos vormes tornando-os capazes de carregar vários passageiros numa viagem subterrânea. Muitas vezes esses vormes são usados também para a defesa, onde os xamãs comandam seus movimentos dessas boleias fortificadas.

Elementais. Os elementais de Selesnya geralmente são um amontoado de raízes e galhos entrelaçados. Algumas vezes, em alguns grandes elementais, pedras de mármore ou lascas de pedra calcária são encontradas como armas ou armaduras. E no caso do elemental ser suficientemente grande, essas criaturas geralmente são usadas como construções publicas ou templos que podem também se locomoverem para outros
 locais ou até defender um vernadi.


Templos Vivos. Estes elementais orgânicos variam do grande para enormes e vivem enraizados abaixo do solo a maior parte de suas vidas, com suas vinhas e tentáculos sustentando alguma construção na superfície. Essas construções geralmente são templos ou anfiteatros que os Selesnyanos usam durante o dia a dia. Se ameaçados, um sacerdote ou xamã pode conjurar o templo vivo e todo o elemental emerge de baixo do solo com a construção anexada ao seu corpo sendo usada como arma e armadura. Após derrotar seu inimigo, o templo vivo retorna para baixo da terra e acomoda a construção no lugar como se nada tivesse acontecido.

Filosofia de Selesnya

A Mente Mundo. A Mente Mundo, também conhecida como a Voz do Conclave, é uma sutil transmissão da consciência de Mat’Selesnya. O Conclave também adiciona experiências e sabedoria de membros da guilda para serem transmitidas. A clareza dessa sabedoria é proporcional ao nível de comprometimento do membro a serviço da guilda e sua devoção à meditação. Através de uma cerimonia f
únebre, a experiência completa (o espírito) de um membro da guilda Selesnya é “carregado” à Mente Mundo. Quanto mais profundo for a devoção do membro da guilda, maior é seu acesso à consciência da Mente Mundo, e alguns dos mais devotos Selesnyanos manuseiam imenso poder, graças a sua conexão com a ela.

Tentações ao Poder. Num mundo perfeito, os Selesnyanos consideram todos os seus líderes, não importa como empossados, como nada mais que professores mortais e falíveis. No entanto, alguns dos anciões Selesnyanos estão propensos a se alto enaltecerem, e por sua ambição pessoal se orgulham do crescimento e beleza de seu próprio vernadi particular.




Violência e Hipocrisia. Não é um grande segredo a hipocrisia de Selesnya sobre tomar vidas. Por conta de sua doutrina sobre a santidade da vida, alguns podem crer que eles sejam rigorosos pacifistas. Pelo contrário, eles não têm nenhum problema em desperdiçar vidas num combate. Uma das táticas principais de Selesnya no combate é justamente criar um escudo vivo de corpos para atrasar seus oponentes
 até que gigantescos elementais ou avatares apareçam para destruir tudo em massa. Após as mortes, os Selesnyanos realizam uma grande e espalhafatosa cerimonia sobre o sacrifico de nobres guerreiros e como toda a vida retorna a Mat’Selesnya, mas a montanha de corpos é uma evidencia difícil de encobrir.

Guardiões da Beleza. A guilda Selesnya é guardiã da beleza natural e estrutural. Há seções inteiras de pergaminhos e guias em Vitu-Ghazi sobre a forma correta de ordenar uma paisagem, a melhor pedra para usar, como reagrupar tipos específicos de arvores e o jeito mais agradável de cobrir com folhagem. Há aqueles que acreditam em manter todas as pedras arrumadas sem entulhos ou aqueles que querem arrumá-las sem algum significado, mas todos concordam que beleza é um valor crucial da vida.




Postura de Selesnya referente às outras Guildas

Boros: “Eles se cansarão de tanto lutar e quando esse dia chegar, o gentil abraço de Selesnya estará os aguardando”.

Azorius: “Um dia, suas mentes estarão livres da tolice, exteriorizando as leis eles aprenderão a obedecer à voz do Conclave”.

Rakdos: “Até que se submetam, esses devem ser contidos”.

Golgari: “Esses rastejadores da podridão poderiam aprender mais com nossos meios ao invés de ficarem brincando com a morte e seus insetos”.

Dimir: “Uma espectral horda de desajustados assassinos que nunca irão saborear os verdadeiros dons da vida”.

Simic: “Deformadores da vida e da natureza que irão sucumbir a sua falta de compaixão e senso de comunidade”.

Gruul: “Um desperdício... um desperdício fedorento, irracional e destrutivo”.

Izzet: “Funileiros intrometidos sob o controle de um ego opressivo. Estão fadados a falhar”.

Orzhov: “Esses estão perdidos numa prisão sem vida de suas próprias ambições individuais”.





Um comentário: